O dia da Consciência Negra, 20 de novembro, é celebrado no Brasil desde 2003. A data foi escolhida em referência ao dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, líder e principal representante da resistência negra à escravidão, na época do Brasil Colonial. Zumbi lutou muito para preservar a liberdade dos escravos negros que fugiam em busca de uma vida mais digna.
Em algumas cidades do país, esse dia tornou-se feriado, através de decretos municipais e estaduais. Mas o que realmente importa são os objetivos dessa comemoração. A referida data deve ser considerada como um momento de reflexão sobre temas relacionados ao preconceito, à discriminação, à igualdade social, à inclusão dos negros no cenário brasileiro, além das dificuldades que eles passam há séculos. Não podemos nos esquecer de que ao longo da história, os negros africanos foram injustiçados com a migração involuntária para o trabalho escravo em outras terras, entre os séculos XVI e XIX. Passaram por grandes sofrimentos durante a escravidão e ainda hoje têm sofrido com situações inaceitáveis de racismo.
Vale lembrar o líder americano Martin Luther King Jr. em seu discurso pela igualdade racial: “Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele”. Esse sonho também é nosso e vem se concretizando em movimentos de denúncia contra qualquer tipo de discriminação. Não vamos nos calar. Valorizar o papel do negro na formação étnica e cultural brasileira é mais que um dever, é um eterno reconhecimento.
O fato é que ao incluir merecidamente essa data no currículo escolar, esperamos que a educação de nossas crianças e jovens esteja pautada na igualdade de direitos entre todas as pessoas. Afinal, somos um só povo na formação da raça humana.