Difícil acreditar

Parece mentira que nesta copa de 2018, os jornais estamparam em suas manchetes a notícia “Vergonha mundial”, relacionada a brasileiros presentes na Rússia.

Não estou me referindo a comentários sobre a nossa seleção, se joga bem ou mal. Refiro-me à falta de educação e de caráter de um grupo de torcedores brasileiros que mancharam a nossa reputação ao abordarem uma jovem russa, com desrespeito e malícia, induzindo-a a repetir frases imorais de ofensas ao sexo feminino. Inocentemente, sem conhecer as palavras pejorativas na língua portuguesa, a garota serviu de deboche ao grupo que aos risos postou o vídeo nas redes sociais. Vergonha nacional, vergonha mundial.

Sobre o que o mundo pensa de nós, no momento, vou relembrar o genial compositor Renato Russo (Legião Urbana): “Que país é esse?” Ou melhor, de que país são esses turistas autores de tamanha imoralidade?

Precisamos responder a todos que eles não nos representam e que estamos envergonhados. Temos dignidade e esperamos que sejam severamente punidos nesse ato de violência verbal. E que paguem com multas e tudo que for cabível nos procedimentos criminais das leis da Rússia e do Brasil. Não podemos deixar por menos e jamais defendê-los nessa falta de pudor.

Infelizmente, mais uma mancha no nosso verde-amarelo.

Fica aí o meu apelo aos pais na educação moral e cívica dos filhos: caráter se constrói na infância e na adolescência e educação vem mesmo de berço!

O festivo mês de Junho!

Quantas lembranças boas e memoráveis nos reserva o mês de junho.

Para início de conversa, ressaltamos as festas juninas, suas comidas típicas, os folguedos e algumas crenças ligadas aos santos do mês.

O primeiro deles, o querido Santo Antônio, traz promessas divinas àqueles que desejam se casar. É o santo número um no quesito matrimônio. Já foi homenageado em diversas letras de músicas, como “Oh meu Santo Antônio, tenha pena, tenha dó, não posso ficar solteiro” ou “Matrimônio, matrimônio, isso é lá com Santo Antônio” e por aí vai.

Também é o santo que bate recorde em novelas, rezas e simpatias que apelam para união no altar. Uma delas é deixar a imagem do pobre santo de cabeça para baixo, em um copo com água, até o autor dessa façanha encontrar um amor. Salve Santo Antônio, salve o dia 13 de junho!

Festejar é preciso, dançar quadrilha, comer canjica, beber quentão. Ah, que delícia! E quando a tristeza reina, no final da festa, lá vem São João batendo à porta. “São João, São João, acende a fogueira do meu coração”. Salve 24 de junho! Salve o meu amado São João Batista! Em sua imagem há um cordeirinho que simboliza o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

É preciso comemorar este santo profeta. “A fogueira está queimando, em homenagem a São João, o forró já começou, vamos gente rapa-pé neste salão”. São os versos do saudoso compositor, cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga.

Assim junho vai passando, festejos de ponta a ponta no país, registrando as origens de nossa cultura. E pensam que me esqueci? Claro que não! Para fechar junho com chave de ouro, lá vem São Pedro, no dia 29, o apóstolo batizado por Jesus.

Pedro vem do grego petros e significa pedra, rocha na edificação da Igreja Católica. Daí São Pedro ser considerado o primeiro Papa do Catolicismo Romano e aquele que guarda as chaves do reino dos céus.

Finalizando, vale ressaltar que as festas desses três santos marcam o início das festas católicas para os nossos irmãos lusitanos. Foram eles, os colonizadores portugueses, que trouxeram o costume das festas juninas para o Brasil, influenciadas por tradições francesas, espanholas e chinesas.

Todos esses elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos padrões de comportamento dos brasileiros nas diversas regiões. E que assim seja abençoado para sempre o festivo mês de junho.

20 de maio – Dia Nacional do Pedagogo

“Educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem, por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais, em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando o seu pensar, que nada sabem em saber que nada sabem, possa igualmente saber mais”. (Paulo Freire)

Dia 20 de maio foi definido como Dia do Pedagogo após o Decreto Lei nº 7.264/10 de Eduardo Gomes, que instituiu essa celebração no país.

O termo pedagogo surgiu na Grécia Clássica e seu significado etimológico é preceptor, mestre, guia, aquele que conduz; era o escravo que conduzia os meninos até o paedagogium. Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional da educação cuja formação é a Pedagogia

A palavra pedagogia traz na sua essência significados processuais e metodológicos dos atos de ensinar e aprender. Do grego antigo paidos, que significa “da criança” e agein, que quer dizer “conduzir” ou “acompanhar”, paidagogia significa: “conduzir a criança”.

Entende-se, portanto, que o pedagogo é o profissional responsável pela condução do processo ensino-aprendizagem focado na compreensão da educação como um todo. Isso porque, na atualidade, a pedagogia é tida como conjunto de saberes sociais, humanos e históricos.

Assim, no contexto escolar, a ação do pedagogo transcende a ação puramente burocrática. Ela é voltada para a concretude de uma aprendizagem educativa, social e significativa e para a concepção de um novo paradigma de educação, que agregue as novas teorias da aprendizagem ao sonho de construir uma sociedade mais justa, humana e solidária por meio da educação não só da mente, mas também do coração.