A virada do calendário

Olá, leitores!

Estamos nos “finalmente” de 2018 e agradeço a todos vocês que compartilharam conosco as mensagens do Pense Nisso!

Desejo-lhes um feliz Natal e um 2019 propício à realização de seus sonhos. Acredito que a esperança e a persistência são o caminho para concretização de nossos ideais.

A chegada de um novo ano sempre nos enche de expectativas e ressignificação de nossos projetos. Geralmente fazemos um balanço de tudo o que vivenciamos, o que foi bom ou o que ficou a desejar, e partimos para o planejamento de outras ações rumo ao alcance de nossos futuros objetivos.

O certo é que a virada do calendário anual parece nos mover em busca de um novo tempo, de um desejo imensurável de paz, de benevolência e de mudanças.

O período de dezembro que antecede o Natal é considerado o tempo do Advento. Etimologicamente, o termo significa a vinda ou a chegada Daquele que é a luz do mundo. Daí a renovação de nossas esperanças e da aliança de amor em Cristo no sentido de praticar o bem, a justiça, a caridade, a fraternidade. Assim espero.

Que a trajetória de vida de cada um de nós, no próximo ano, continue a seguir os passos do Criador. E que Ele nos conduza ao renascimento de um mundo melhor.

O novo enfoque da Educação Infantil

O ensino brasileiro tem sofrido relevantes transformações a começar pela Educação Infantil, que atende hoje crianças de zero a cinco anos.

Até pouco tempo, esse nível de escolaridade era visto como um espaço para acolher crianças cujos pais necessitavam trabalhar. Havia nesse contexto uma linha de ação educacional voltada para o desenvolvimento integral da criança, porém não havia uma extensão incluída da LDB (Lei de Diretrizes e Bases).

Com as recentes mudanças relacionadas ao século XXI, a Educação Infantil passou a ser parte integrante da Educação Básica.

Portanto, até os três anos a criança se insere no segmento creche e a partir dos 4 até os 5 anos na pré-escola.

A atual BNCC (Base Nacional Comum Curricular) estabelece para a Educação Infantil os eixos estruturantes das práticas pedagógicas centradas nas interações, nas brincadeiras e no reconhecimento da criança como sujeito histórico e de direitos. Assim sendo, são seis os direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil que norteiam a intenção educativa: conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se.

Já a organização desse currículo abrange cinco campos de experiência que se relacionam aos saberes e aos conhecimentos fundamentados a serem vivenciados pelas crianças e mediados pelos educadores.

1 – O eu, o outro é nós: experiências sociais na família, na escola, na coletividade, de outros grupos sociais e culturais.

2 – Corpo, gestos e movimentos: o corpo e seu espaço físico, seus movimentos etc.

3 – Traços,  sons, cores e formas: as diferentes manifestações artísticas,  culturais e científicas, as artes visuais e demais.

4 – Escuta, fala, pensamento e imaginação: situações comunicativas cotidianas, recursos vocais, a escrita como sistema de representação da língua, a leitura, dentre outras.

5 – Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: diversos espaços, fenômenos naturais, socioculturais, o mundo físico e outros.

Como se vê, o atual currículo da Educação Infantil é um documento que aponta aprendizagens essenciais e indispensáveis a todas as crianças até 5 anos. Uma referência nacional obrigatória para a elaboração das propostas pedagógicas das escolas infantis.

Fonte: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em 20 ago. 2018.

Meias verdades, completas mentiras

Acontecimentos recentes retomaram o tema das fake news nas notícias divulgadas nos meios de comunicação.

Nesse emaranhado de mentiras, um dos principais fatores que contribui para a disseminação das falsas informações é o sensacionalismo.

Caracterizado pelo exagero na cobertura de um acontecimento ou notícia, o sensacionalismo é uma prática que tem a finalidade de aumentar a audiência através de aspectos chocantes e do apelo emotivo que “prendem” o espectador ao fato.

Vale destacar que o uso de assuntos capazes de causar impacto e abalar a opinião pública, sem a devida preocupação com a veracidade, não é algo recente.

Esse artifício ganhou força no século XX, com as mudanças tecnológicas, demográficas e econômicas que alteraram a estrutura da experiência dos indivíduos.

Muitos dos valores consolidados na sociedade foram questionados, pautando, inclusive, a relatividade da moral diante de uma ausência de convicções.

Tal cenário implicou em um mundo mais rápido, caótico, fragmentado e desorientador.

O “bombardeio de estímulos” desse novo ambiente metropolitano promoveu a transformação de um estado de equilíbrio e estabilidade para uma crise de descompostura e choque.

Dessa forma, algumas noções deixaram de ser estritamente racionais e passaram a ser atreladas à sensibilidade em um movimento de estetização da vida.

Um desdobramento desse processo foi a ênfase dada ao espetáculo e à surpresa nas notícias divulgadas, despertando sensações vívidas e intensas.

Em síntese, a ampla escalada do divertimento sensacionalista foi a contrapartida das transformações radicais do espaço, do tempo e da indústria, como um reflexo da nova estrutura da vida diária.

O escritor, jornalista e sociólogo Siegfried Kracauer afirmou, também, que o sensacionalismo foi uma resposta compensatória ao empobrecimento da experiência, com base na superficialidade.

Com o tempo, esse fenômeno potencializou-se, fazendo com que os dias atuais chegassem a ser considerados como a “era da pós-verdade”.

Isso se deve a circunstâncias que fomentam a disseminação de mentiras em duas vias.

Por um lado, a propagação de informações espetacularizadas foi facilitada, muito em função das redes sociais que criaram um ambiente propício para difundir os sensacionalismos.

Por outro, muitos escolhem não acreditar no que é constatado, por simples comodismo ou por se sentirem envaidecidos ao verem circular na mídia e ouvirem na boca do povo aquilo que querem que seja real. Ou seja, os fatos objetivos passam a ter menos influência do que os apelos às emoções e às crenças pessoais.

Contudo, aumentaram-se também as possibilidades de checar tudo o que é divulgado. Então, faça uso desses recursos. Tenha atenção ao que lê e, principalmente, ao que compartilha. Não busque apenas argumentos que confirmem suas ideias; busque fontes alternativas e de confiabilidade consagrada, dados complementares, um real embasamento.

A mentira, ou mesmo os exageros entorno de um fato, podem gerar consequências muito prejudiciais para a coletividade. Não alimente esse ciclo vicioso que assola a credibilidade de pessoas e instituições honestas.

Consciência Nacional Negra

O dia da Consciência Negra, 20 de novembro, é celebrado no Brasil desde 2003. A data foi escolhida em referência ao dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, líder e principal representante da resistência negra à escravidão, na época do Brasil Colonial. Zumbi lutou muito para preservar a liberdade dos escravos negros que fugiam em busca de uma vida mais digna.

Em algumas cidades do país, esse dia tornou-se feriado, através de decretos municipais e estaduais. Mas o que realmente importa são os objetivos dessa comemoração. A referida data deve ser considerada como um momento de reflexão sobre temas relacionados ao preconceito, à discriminação, à igualdade social, à inclusão dos negros no cenário brasileiro, além das dificuldades que eles passam há séculos. Não podemos nos esquecer de que ao longo da história, os negros africanos foram injustiçados com a migração involuntária para o trabalho escravo em outras terras, entre os séculos XVI e XIX. Passaram por grandes sofrimentos durante a escravidão e ainda hoje têm sofrido com situações inaceitáveis de racismo.

Vale lembrar o líder americano Martin Luther King Jr. em seu discurso pela igualdade racial: “Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele”. Esse sonho também é nosso e vem se concretizando em movimentos de denúncia contra qualquer tipo de discriminação. Não vamos nos calar. Valorizar o papel do negro na formação étnica e cultural brasileira é mais que um dever, é um eterno reconhecimento.

O fato é que ao incluir merecidamente essa data no currículo escolar, esperamos que a educação de nossas crianças e jovens esteja pautada na igualdade de direitos entre todas as pessoas. Afinal, somos um só povo na formação da raça humana.

Em quem você se inspira?

Todos nós temos ídolos ou admiramos alguma celebridade. Mas, afinal, você já parou para pensar na origem dessas palavras?

Ídolo: do grego eídolon e do latim idolum, significa imagem que se presta ao culto e adoração. Seu sentido se estendeu do campo religioso para pessoas que, mais do que admiradas, passam a ser consagradas.

Celebridade: do ato de “celebrar”, o termo passa a nomear uma pessoa que, em razão de uma qualidade ou feito, torna-se digna de celebração, reconhecimento.

Os significados acima remetem a um fenômeno contemporâneo que vincula a ideia de ídolo e celebridade a uma espécie de culto fundamentado na admiração e reverência. Contudo, a atração exercida por indivíduos sobre um grande número de seguidores é algo existente desde a Antiguidade.

Isso ocorre porque a concepção aristocrática da liderança sempre promoveu a diferenciação entre o dirigente, que está acima da massa, e a própria massa. Essa diferenciação faz com que o “outro” confirme a existência de lugares diversos ocupados no status quo de uma sociedade.

Nesse contexto, o ídolo traz consigo a distância, provocando um estranhamento enquanto “outro” que fascina e convoca a um processo de idealização. O antropólogo, sociólogo e filósofo Edgar Morin ressalta o quanto o lado divino da estrela atende às necessidades de projeção dos indivíduos ordinários – do seu desejo de ir ao encontro da beleza, da força, da coragem, da perfeição, das crenças.

Ao mesmo tempo, o lado humano, com suas fragilidades, gera a identificação, fazendo com que o público compreenda o sofrimento de seu ídolo, partilhe suas dores, seja solidário nas suas perdas. Ou seja, que os atraia pelo que os assemelha.

Em suma, ainda que faça parte do “nós”, a celebridade se situa para além do “nós”.

Com intuito de explicar a relação emocional e magnética entre a celebridade e os seguidores, Max Weber desenvolveu o conceito de carisma. Sua aplicação estabelece que qualidades especiais ou únicas atribuídas ao indivíduo fazem dele um “profeta” ou um “salvador pessoal”, que desperta paixão e suscita devotos.

Essa lógica, entretanto, vem se alterando com o passar dos anos. O fascínio exercido pelas celebridades, atrelado à crescente demanda de referências por parte do público, promove a constante criação de ídolos.

O Big Brother, no final do século XX, e mesmo a recente visibilidade proporcionada pelas mídias digitais, com as blogueiras, os youtubers e os ilustres desconhecidos em seus cinco minutos de fama nas redes sociais, provaram que todos os homens comuns podem, e muitos querem, ascender à celebridade.

Emerge, assim, a celebridade pluralista. É dentro do ordinário que os candidatos se lançam em busca de destaque, não sendo mais necessário se inscrever num quadro de excepcionalidade para tal.

Isso leva a questionar sobre qual o papel do carisma nesse novo cenário. Com o anseio da visibilidade por ela mesma, o valor da exibição migra dos feitos e obras para o próprio eu. Com isso, tem-se o carisma já não nos indivíduos, mas em coisas sociais que os transcendem, como a imagem deles criadas pela mídia.

Seriam, portanto, “pseudocelebridades”, visto que o carisma agora lhes é emprestado pela indústria cultural, como um carisma simulacro. Em busca da fama, a celebridade contemporânea cria falsas ilusões e manipula os padrões considerados ideais para tentar suprir sua falta de conteúdo.

A reflexão que fica é: temos que redobrar nosso filtro ao absorver o que está sendo pregado pelos ídolos modernos e nos ater ao que as crianças e jovens têm como inspiração nos dias de hoje. Devemos buscar aquilo que efetivamente agregue valor em nossas vidas, tendo cuidado para não mergulharmos em neuroses baseadas em modelos inalcançáveis fomentados pelas celebridades do inútil através dos meios de comunicação.

Referências: “Economia e carisma da indústria cultural” – Eduardo Sintra e “Celebridades do século XXI” – Vera França.

Empreendedorismo criativo

Você já pensou em ser um empreendedor?

Para muitos, o que é um “bicho de sete cabeças”, para outros é um grande sonho.

O empreendedorismo é um processo que se desenvolve ao longo do tempo e se move por meio de fases distintas intimamente relacionadas.

Ele fundamenta-se na criação de algo com valor, seja um produto, serviço, uma maneira de produzir, uma experiência.

Mas como promover a geração de valores perceptíveis a determinados beneficiários?

É preciso inovar!

Como afirma o administrador e pós-doutor em Inovação e Empreendedorismo, Emanuel Ferreira Leite, “empreendedor é o indivíduo capaz de estimular a criação do futuro”.

A inovação advém de um processo criativo relacionado ao repertório do empreendedor. E novas ideias não surgem do vácuo, mas sim da combinação, ampliação ou visualização de informações existente de uma forma diferente.

Para ser um empreendedor criativo, é preciso ser teimoso, inquieto e buscar vivências diversas, como viajar, estudar e conhecer novas pessoas. Deve-se ter ousadia, coragem de arriscar e acreditar que pode fazer acontecer.

É necessário colocar a mão na massa, dedicar tempo e esforço, bem como assumir correspondentes riscos financeiros, psicológicos e sociais.

Uma dica? Não queira imitar ninguém, apenas seja você mesmo, pois existe lugar para todos no mundo. É normal se deparar com dificuldades para definir quem você é e, para se encontrar, você pode se espelhar em pessoas a quem admira, mas saiba que também é importante seguir seu instinto. Descubra-se e crie sua própria identidade.

E mais, é fundamental procurar conciliar a liberdade com a segurança e, ainda que não haja uma proporção que permaneça constante em diferentes fases da vida, deve-se buscar continuamente um equilíbrio.

Mas fique atento: o medo de errar vai estar presente em algum(ns) momento(s) desse percurso e ele é um grande empecilho para o sucesso. Diante de algum erro, deve-se ter habilidade para lidar com a frustração. Não baixe a cabeça diante de um revés em sua trajetória, pelo contrário, absorva a experiência e gere aprendizado para situações futuras.

É preciso ser persistente em cenários adversos, não ignorando os obstáculos presentes no dia a dia, mas sim criando estratégias para minimizá-los!

A iniciativa é uma arma infalível, mesmo depois que o empreendimento tiver saído do papel. Para combater a estagnação e manter uma jornada bem sucedida, busque aprender sempre, esteja disposto a buscar sugestões e novidades a todo tempo.

Confie em você e vá em frente!!!

Novembro azul e algo mais

Quando criança, ouvia as pessoas dizendo que homem não chora e não entendia bem esse “não chora”. Pensava em minha ingenuidade infantil: por que será, ele não sente dor?

Pois bem, graças a minha maturidade, e sem entrar na provável intenção dessa afirmativa, tomei partido a favor dos homens. Chora sim e deve demonstrar seus sentimentos de dor, saudade, tristeza, alegria, amor, … Enfim, vivenciar suas emoções com equilíbrio, é claro, e nada de receio ao se expor.

O ato de chorar está presente na nossa vida e relaciona-se a certas situações em que é preciso dar vazão aos nossos sentimentos. O ser humano tem sentimentos comuns e chorar faz parte da nossa essência. Mas não é só isso que pretendo abordar em defesa dos homens.

Outra questão que também abraço é a quebra do preconceito masculino de ir ao médico. O Novembro Azul vem dedicando seus dias a uma campanha que tem como objetivo a conscientização da saúde do homem, na prevenção do câncer. O movimento surgiu na Austrália e tem recebido adesão de vários países, apesar de ressalvas de algumas entidades.

O certo é que o Novembro Azul nos contempla com reflexões e debates para tomada de ações benéficas à saúde dos homens.

O mês de novembro registra ainda em seu calendário a data 19 como o Dia Internacional do Homem – International Men’s Day.

Segundo os criadores dessa comemoração, não houve a intenção de competir com o Dia Internacional da Mulher e sim a de contribuir para o equilíbrio e a melhoria da relação entre os gêneros, além de valorizar as contribuições masculinas positivas para a sociedade, a comunidade e a família.

Parabéns ao nosso público masculino, filhos e netos amados, namorados e maridos gentis, primos e amigos confidentes. Vocês merecem ser lembrados em seu dia e alertados sobre a importância do autocuidado em saúde.

A luta contra a neoplasia é uma luta de todos em prol da vida. Fiquem atentos, saúde deve vir sempre em primeiro lugar.

Para finalizar, vale a transcrição de alguns versos do compositor e cantor Gonzaguinha em “Um homem também chora” (Guerreiro menino).

“Um homem também chora

Menina morena

Também deseja colo

Palavras amenas

Precisa de carinho

Precisa de ternura

Precisa de um abraço”

A criança e seus conflitos na escola

A família é a primeira instituição com a qual a criança aprende a conviver. Aos poucos ela percebe o papel dos pais no seu dia a dia e assim vai estabelecendo uma maneira educada de lidar com os seus desejos, necessidades e frustrações.

As regras e limites devem ser trabalhados, incluindo-se aí o modo de agir com as pessoas. Tudo isso deve ser monitorado pelos pais ou adultos responsáveis pela criança. O diálogo, o bom exemplo e o afeto não podem faltar.

Quando a criança entra na escola, traz consigo parte dessa vivência. Mas nem sempre habilidades e hábitos adquiridos são suficientes para a harmonia no espaço escolar, repleto de diversidades.

Daí o surgimento de conflitos entre as crianças, o que é comum na infância. É através do outro que a criança se vê como sujeito de uma mesma realidade. Ocupar seu espaço nesse contexto pode significar disputas, ganhos e perdas, sentimento de exclusão ou de injustiça em busca do fazer parte do grupo, na conhecida socialização.

Qual é o papel da escola nesse processo? Trabalhar os valores universais, as diferenças, valorizar as atitudes de cooperação, de amizade, de solidariedade, de respeito ao colega e ao espaço de cada um e da coletividade. Também é fundamental identificar as desavenças surgidas para estratégias de solução.

E os pais, como devem contribuir para que a socialização da criança na escola aconteça de maneira tranquila? O ideal é que incentivem a convivência pacífica e a amizade com os colegas. Diante de desentendimentos surgidos, ouvir a queixa da criança e, se necessário, repassar à escola para que a equipe pedagógica possa averiguar os fatos e realizar as intervenções adequadas, dando um feedback à família. Porém, é preciso não tomar partido antes que tudo seja esclarecido.

O certo é que conflitos surgidos na escola devem ser resolvidos na escola, com acompanhamento dos profissionais que convivem com a criança e em alguns momentos com a ajuda e aconselhamento dos pais. É muito importante ensinar a criança a gerenciar suas raivas, emoções e habilidades sociais também em casa.

Em relação a casos específicos, sérios e reincidentes, que extrapolam as soluções da escola e da família, é aconselhável que sejam encaminhados a outros profissionais da área do comportamento humano para diagnóstico do caso e procedimentos cabíveis.

As mensagens do mês de outubro

Outubro representa um mês de esperança e fé e se tornou muito especial para o ICJ.

Para início de conversa, não foi por acaso que a saudosa D. Elza fundou o Colégio no dia 02 de outubro, data dos anjos da guarda como ela sempre dizia ao se referir a sua missão de educar jovens e crianças, na mensagem do Coração de Jesus.

A palavra anjo tem origem do grego ággelos e significa mensageiro. No Cristianismo, anjos da guarda são entes protetores das pessoas. Eles nos amparam e nos guiam segundo a crença espiritual.

Assim, fazendo uma analogia com a educação, podemos afirmar que o papel da escola é sim o de guiar seus alunos no que diz respeito à aquisição do conhecimento e à formação integral.

As coincidências do ICJ iniciar suas atividades educacionais em outubro vão além. É no mês de outubro que comemoramos o Dia das Crianças, razão da existência do Colégio, uma vez que sem elas não estaríamos completando 57 anos de educação com amor.

Mas a relação de outubro e o ICJ continua. É nesse mês que reverenciamos o professor, aquele que faz a aprendizagem acontecer e a quem confiamos o desenvolvimento intelectual e social de nossos filhos.

Vale lembrar ainda que em outubro festejamos a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

Acredito eu que outubro traz em sua concepção algo de esperança e fé. Para os católicos, a grandeza da devoção, para o ICJ o ideal realizado na transformação de um mundo melhor através da educação. E para a Ciência, conectada à preservação da saúde, outubro se veste de rosa no combate ao câncer.

É minha gente, os dias de outubro mexem mesmo com a minha emoção e com a de outras pessoas. Que o diga cada diretor do ICJ, aniversariante de outubro. Parabéns a todos!

E que em outubro, possamos sempre nos emocionar.

O melhor presente

O dia das crianças está se aproximando e com ele, os sonhos de consumo de nossos filhos vão ficando cada vez mais pedidos, lembrados insistentemente.

Devemos dar sempre o que eles pedem? Temos como dar? Dividiremos, nem que seja em cinco vezes no cartão, apenas  para vê-los felizes?

Ou temos certeza de que os brinquedos tão “sonhados” serão rapidamente esquecidos e ficarão jogados no quarto alguns dias depois?

Convenhamos, as crianças são muito assertivas no que querem. Elas apresentam explicações plausíveis para nos lembrar, todo o tempo, os seus anseios. E sempre, cedemos.

O problema não está em ceder ou comprar o que podemos comprar. Brincar é essencial para o desenvolvimento das crianças. A questão é o que fazemos depois disso.

Uma vez, enquanto eu trabalhava com crianças da educação infantil como professora, era véspera do dia das crianças e eu pedi: Vamos fazer um desenho do que você mais queria dos seus pais no dia das crianças?

As crianças , com 3 e 4 anos na época, se esmeraram em produzir seus desenhos. Trocavam as cores, ajeitavam de um lado, de outro, empolgadíssimas. Ao final foram falando o que desenharam e eu, escriba delas, fui registrando.

_ Quero sentar no colinho da mamãe para assistir desenho na TV!

_ Quero jogar bola com o meu pai!

_ Quero encher balões com água e jogar com meus pais e meu irmão!

_ Quero que a mamãe pegue em meu cabelo até eu dormir…

_ Quero ouvir uma história antes de dormir…

_ Quero que a mamãe faça brigadeiro pra mim!

Esses desejos, tão simples, me marcaram profundamente. Na época eu tinha menos de vinte anos e nem sonhava em ter filhos. Trabalhar com crianças inspira e ensina de tal forma, que isso ficou selado no formato de educação que pratico hoje, enquanto mãe.

“O essencial é invisível aos olhos”, escreveu sabiamente Saint Exupéry.

Eles querem atenção. Apenas isso. Não são os brinquedos da moda, nem os que ‘todo mundo tem’ que farão nossos filhos mais felizes. Somos nós, os pais. Desocupados, brincando com eles, olhos nos olhos, celulares silenciados ou desligados – de preferência há metros de distância.

Pais altruístas. Dispostos  a deixar seus interesses pessoais  por um tempo para se  deitarem no chão, aprenderem  a andar de skate, jogar bola, colar figurinhas no álbum ,  soltar pipa no parque. Montar os brinquedos novos, com eles. Parar por um tempo em nossas rotinas malucas para efetivamente sentir o que sentem nossos filhos, no dia deles. Afinal, a nossa presença é sempre o melhor presente.