Entrevista com o Professor de Matemática, Bruno Freitas.

Bruno Freitas, professor de matemática e educação financeira no colégio ICJ lançou o ebook “A Matemática dos Investimentos Financeiros no Ensino Médio”. Para celebrarmos essa conquista, preparamos uma entrevista com o Bruno, confira: 

 

ICJ: Poderia nos contar um pouco sobre o que trata o livro?

Bruno: O “A Matemática dos Investimentos Financeiros no Ensino Médioé um livro digital, com distribuição gratuita, destinado ao professor(a) de Matemática que deseja trabalhar a temática Investimentos Financeiros em suas aulas. Sobre essa temática, construímos uma sequência de aulas voltada aos alunos de Ensino Médio, abordando assuntos relativos à Matemática Financeira, aos conceitos do mercado financeiro, às principais modalidades de investimento (Renda Fixa e Renda Variável) e às orientações iniciais sobre como começar a investir e como calcular rendimentos. 

A sequência é composta por quatro capítulos, a saber: 

  • Capítulo 1 – Taxa de Juros e o Mercado Financeiro; 
  • Capítulo 2 – Investimentos de Renda Fixa: Poupança e Tesouro Direto; 
  • Capítulo 3 – Investimentos em Renda Fixa Privada: CDB, LCI e LCA e; 
  • Capítulo 4 – Renda Variável. 

A sequência didática em voga traz reflexões acerca dos conceitos do mercado financeiro, das principais modalidades de investimento e das orientações sobre como começar a investir e como calcular rendimentos. Com conduções que destacam o protagonismo discente e o papel mediador do professor de Matemática, o material promove discussões relevantes à Educação Financeira dos participantes, além de desenvolver neles as competências estabelecidas pela BNCC. 

ICJ: O que te motivou a escrever esse livro?

Bruno: Com o lançamento e aplicação do nosso primeiro livro, “A Matemática dos Empréstimos & Financiamentos no Ensino Médio”, fruto da nossa pesquisa de Mestrado, em 2021, nossos alunos aprenderam sobre os principais sistemas de amortização que regem as compras parceladas no mercado financeiro. Nesses, as taxas de juros encarece bastante o valor compra! Diante disso, os próprios estudantes concluíram que a melhor maneira de fugir destes juros é comprar à vista! Mas sabemos o quanto isso pode ser uma realidade distante para muitos cidadãos em nosso país, especialmente aos jovens recém-concluintes da Educação Básica. Não é da noite para o dia que um desses jovens conseguiria comprar uma casa, um carro, pagar uma viagem e ou até mesmo lidar com um imprevisto financeiro em sua família! Trata-se de situações que exigem uma organização financeira para o acúmulo dos montantes necessários à aquisição desses itens, especialmente no tocante a rendas/salários aquém dos valores desses itens, e para a formação de uma reserva financeira para emergências. Diante disso, esse público carece de estratégias que o auxiliem na decisão sobre a geração dos montantes supracitados. Tais estratégias podem ser aprendidas por meio de conhecimentos matemáticos próprios do Ensino Médio, evidenciando a Educação Financeira, tema transversal obrigatório pela BNCC a partir de 2020.

ICJ: Qual é o público-alvo do livro?

Bruno: A atenção do nosso material se volta aos professores(as) de Matemática de todo o país, na intenção de auxiliá-los no ensino sobre Investimentos Financeiros na sala de aula do Ensino Médio. O título foi publicado recentemente em formato digital (e-book) pela Sociedade Brasileira de Matemática – SBM, como parte da Coleção Coletâneas de Matemática (https://sbm.org.br/colecao-coletaneas-de-matematica/), trazendo uma série de sequências didáticas sobre as principais modalidades de investimento, bem como orientações ao professor sobre a condução das aulas. Ao final da obra, são relatadas as experiências vividas pelos autores com duas aplicações deste material que foram base de sua validação, sendo uma delas aqui no Colégio ICJ (https://www.colegioicj.com.br/relaxamento-pos-enem-sqn-alunos-do-3oem-participam-de-projeto-experimental-em-educacao-financeira/). 

 

ICJ: O que diferencia o seu livro de outros que abordam o mesmo tema?

Bruno: Ao regular os conhecimentos e práticas interdisciplinares que devem ser ministradas na Educação Básica, a Base Nacional Comum Curricular – BNCC destaca a Educação Financeira como um tema transversal e integrador. E é na sala de aula de Matemática que essa Educação Financeira ganhará maior espaço, uma vez que alguns conteúdos, como porcentagens e juros, podem ser usados como germinadores de discussões sobre lucro/prejuízo, índices inflacionários, taxas de juros, compras parceladas e investimentos. 

No entanto, ao(à) professor(a) de Matemática, é necessário a disponibilidade de materiais que lhe permitam promover essa Educação Financeira ora sob aspectos matemáticos (Juros e Porcentagens) ora sob aspectos não matemáticos (hábitos de consumo, planejamentos, orçamentos, etc.).  Uma vez que grande parte dos livros didáticos de Matemática aborda apenas a Matemática Financeira, o docente tem de buscar em outras fontes como abordar os aspectos não matemáticos inerentes à Educação Financeira. E é aqui que nossos produtos emergem: materiais dedicados integralmente ao professor! Esse é o nosso diferencial! 

Ademais, o produto não se configura como uma consultoria em investimentos, mas sim em um estudo das primeiras noções sobre investimentos financeiros e sobre as principais siglas que figuram nesse universo, permitindo a alunos e professores usar a Matemática do Ensino Médio como ferramenta de entendimento desses conceitos. 

 

ICJ: Você acredita que, com este livro, conseguirá ajudar outras pessoas a melhorarem seus investimentos financeiros?

Bruno: Temos no tópico Investimentos Financeiros um item de extrema relevância, por meio do qual, jovens tornam-se aptos a: (i) fazerem escolhas acertadas quanto ao consumo; (ii) a se organizarem financeiramente para administrar bem seu orçamento pessoal; (iii) a pouparem para alcançar suas metas e, principalmente, (iv) a investirem adequadamente para obter bons retornos financeiros. 

Diante disso, acreditamos que os conhecimentos sobre Investimentos Financeiros alcançarão as salas de aula de nosso Brasil, incentivando estudantes e docentes a repensarem e a se planejarem para um futuro financeiro próspero e sem sustos, com aposentadorias tranquilas e patrimônios solidificados. 

O livro está disponível para download no link: https://sbm.org.br/colecao-coletaneas-de-matematica/

 

Educação como Alicerce da Transformação: Uma Mensagem aos Estudantes e Educadores do Colégio ICJ

Vivemos em um tempo em que a educação e o aperfeiçoamento contínuo se tornaram não apenas uma necessidade, mas a base sobre a qual construímos nosso futuro. Cada profissão, cada ofício, exige de nós uma busca incessante por conhecimento, por novas habilidades e, sobretudo, por um entendimento mais profundo de nós mesmos e do mundo que nos rodeia. É com grande alegria e respeito que parabenizo todos os estudantes e membros da nossa comunidade escolar, que, dia após dia, dedicam-se ao estudo e ao desenvolvimento pessoal.

O filósofo grego Sócrates já nos dizia: “A educação é a chama que ilumina a vida”, e em cada lição, em cada descoberta, acendemos uma nova luz que nos guia para o progresso e a compreensão. Da mesma forma, Paulo Freire, o grande educador brasileiro, nos ensinou que “a educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.” E é exatamente isso que fazemos aqui, no Colégio ICJ: formamos cidadãos conscientes, éticos, preparados para construir um mundo melhor.

A educação abre portas, cria oportunidades e, acima de tudo, nos liberta. Liberta-nos da ignorância, do preconceito e das limitações que o desconhecimento impõe. Aqueles que se dedicam ao aprendizado, que fazem do estudo um hábito diário, encontram não apenas o sucesso profissional, mas também uma vida rica em significado, valores e humanidade. Ao aprender algo novo a cada dia, não apenas ampliamos nossos horizontes, mas também contribuímos para a continuidade da humanidade, promovendo valores que garantem o bem-estar comum e a prosperidade de todos.

Neste sentido, é necessário reconhecer o papel fundamental de nossos educadores, que incansavelmente inspiram e guiam nossos jovens. São eles que plantam as sementes do conhecimento e do caráter, que um dia darão frutos em forma de cidadãos comprometidos com a construção de um Brasil mais justo e solidário.

Gostaria também de expressar minha profunda gratidão ao Colégio ICJ, que há 63 anos se dedica à formação de pessoas do bem. Esta instituição tem sido um farol para a educação, comprometida não apenas com o ensino acadêmico, mas com a formação integral de indivíduos que contribuem para a melhoria do nosso povo. Graças a essa dedicação, temos a confiança de que estamos preparando nossos jovens para serem não apenas profissionais competentes, mas, acima de tudo, cidadãos responsáveis e comprometidos com a transformação social.

Aparecida Curto

Diretora Pedagógica do Colégio ICJ.

A Importância dos Estudos Diários

A prática de estudar todos os dias traz inúmeros benefícios que vão além do desempenho acadêmico, influenciando positivamente o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.

Benefícios dos Estudos Diários
1. Melhora da Compreensão e Retenção do Conteúdo
Estudar diariamente ajuda a fixar o conteúdo aprendido em sala de aula. A repetição e a prática constante reforçam a memorização e a compreensão dos conceitos, facilitando o aprendizado a longo prazo.
2. Desenvolvimento de Habilidades de Organização e Gestão do Tempo
Manter uma rotina de estudos diários ensina as crianças a se organizarem melhor. Elas aprendem a gerenciar seu tempo, a planejar suas atividades e a estabelecer prioridades. Essas habilidades são valiosas não só na vida escolar, mas em todas as áreas da vida.
3. Redução do Estresse e da Ansiedade
Ao estudar diariamente, os alunos evitam o acúmulo de matéria para estudar de última hora antes das provas. Isso reduz o estresse e a ansiedade associados à sobrecarga de informações e à pressão por resultados imediatos.
4. Desenvolvimento da Disciplina e da Autonomia
Estudos diários cultivam a disciplina, um valor fundamental para o sucesso em qualquer empreitada. Além disso, ao assumirem a responsabilidade pelo próprio aprendizado, os alunos desenvolvem autonomia, aprendendo a estudar sozinhos e a buscar soluções de forma independente.
5. Aprimoramento das Habilidades de Leitura e Escrita
A prática diária de leitura e escrita melhora significativamente essas habilidades. A leitura constante amplia o vocabulário, melhora a compreensão textual e estimula o pensamento crítico. A escrita frequente, por sua vez, aperfeiçoa a capacidade de expressão e a clareza das ideias. 
6. Preparação Contínua para Avaliações
Estudar diariamente prepara os alunos de forma contínua para as avaliações, evitando a necessidade de “maratonas” de estudo. A revisão constante do material facilita a assimilação gradual dos conteúdos, tornando as provas menos intimidantes.
A importância do Apoio dos Pais
Os pais desempenham um papel crucial na formação dos hábitos de estudos diários. Seu apoio e envolvimento podem fazer uma grande diferença no desenvolvimento acadêmico dos filhos.
1. Criação de um Ambiente de Estudo Adequado 
Proporcionar um local tranquilo, organizado e livre de distrações é essencial para que os estudos sejam produtivos. Um ambiente propício ao estudo favorece a concentração e a eficiência.
2. Estabelecimento de uma Rotina
Ajudar a criança a estabelecer e manter uma rotina de estudos diários é fundamental. Consistência é a chave para transformar o estudo em um hábito.
3. Incentivo e Motivação
Elogiar os esforços e reconhecer os progressos, por menores que sejam, motiva a criança a continuar se dedicando. O incentivo positivo fortalece a autoestima e a confiança.
4. Participação Ativa
Os pais devem estar atentos às necessidades e dificuldades dos filhos, oferecendo suporto e recursos adicionais quando necessário. Participar ativamente na vida escolar da criança mostra que os estudos são valorizados e importantes.
Conclusão
A prática de estudos diários é essencial para o desenvolvimento integral dos alunos. Ela promove a compreensão profunda dos conteúdos, melhora habilidades fundamentais, reduz o estresse e prepara os alunos para o sucesso acadêmico e pessoal. Com o apoio e a orientação dos pais, é possível criar um ambiente que valorize e estimule a educação, contribuindo para a formação de indivíduos disciplinados, autônomos e bem-sucedidos.
Orientações para desenvolver hábitos de estudo
Qual é a melhor forma para estudar em casa? 
Para os Alunos: 
1. Crie uma rotina: Estabeleça um horário fixo para estudar todos os dias, garantindo consistência. 
2. Ambiente de estudo: Escolha um local tranquilo, bem iluminado e livre de distrações. 
3. Organização: Use um calendário ou uma agenda para planejar as tarefas e datas importantes. 
4. Intervalos: Faça pausas curtas (5-10 minutos) a cada 30-40 minutos de estudo para evitar cansaço. 
Para os Pais:
1. Estabeleça horários: Ajude a criar uma rotina de estudos, mantendo horários regulares. 
2. Ambiente adequado: Garanta que o local de estudo seja confortável e livre de distrações. 
3. Suporte e supervisão: Ofereça ajuda quando necessário, mas incentive a independência. 
Hábito de Leitura
Para os Alunos: 
1. Leia diariamente: Reserve um tempo diário para leitura, mesmo que sejam apenas 15-20 minutos. 
2. Variedade: Leia diferentes tipos de textos (livros, revistas, quadrinhos) para tornar a leitura mais interessante. 
3. Discussão: Converse sobre o que leu com familiares ou amigos para reforçar a compreensão. 
Para os Pais:

1. Exemplo: Mostre o hábito de ler em casa, servindo como modelo.

2. Leitura conjunta: Leia com seu filho ou incentive a leitura.

3. Biblioteca: Frequentem juntos bibliotecas ou livrarias para escolher novos livros.

 

Como estudar Matemática

Para os Alunos:

1. Prática regular: Resolva exercícios diariamente para fixar os conceitos.

2. Compreensão: Antes de memorizar fórmulas, entenda o porquê delas.

3. Recursos variados: Use jogos, aplicativos e vídeos educativos para tornar o aprendizado mais dinâmico. 

Para os Pais: 

1. Apoio e incentivo: Acompanhe as tarefas e ofereça ajuda, sem dar as respostas.

2. Ligue à vida real: Mostre como a matemática é útil no dia a dia, como em compras ou receitas. 

3. Ferramentas: Forneça materiais necessários, como calculadoras, régua, etc.

Dicas para os Pais

1.Estabeleça expectativas claras: Defina regras sobre o tempo de estudo e as responsabilidades escolares.

2.Incentive a autonomia: Dê espaço para que seu filho tente resolver as tarefas

sozinho antes de pedir ajuda.

3.Elogie o esforço: Reconheça e valorize os esforços e progressos do seu filho.

4.Comunicação com a escola: Mantenha contato regular com os professores para

acompanhar o desenvolvimento do seu filho.

 

Como proceder com o Dever de Casa

Para os Alunos:

1. Priorize as tarefas: Comece pelas mais difíceis ou aquelas com prazos mais curtos.

2. Divida o trabalho: Se tiver muitas tarefas, divida em partes menores e faça uma de cada vez.

3. Revisão: Sempre revise o que fez antes de considerar o dever terminado.

Para os Pais:

1. Horário fixo: Estabeleça um horário diário para o dever de casa.

2. Supervisão: Acompanhe a execução das tarefas, mas incentiveseu filho a fazê-las sozinho.

3. Espaço adequado: Garanta um local calmo e organizado para o dever de casa.

 

Estudos para Prova

Para os Alunos:

1. Revisão regular: Revise o conteúdo aprendido semanalmente para evitar acúmulo.

2. Resumos e mapas mentais: Faça resumos e crie mapas mentais para ajudar na memorização.

3. Simulados: Realize simulados e exercícios de provas anteriores para praticar.

Para os Pais:

1. Planejamento: Ajude seu filho a criar um cronograma de estudos antes das provas.

2. Apoio emocional: Reduza a pressão e ofereça suporte emocional, mantendo uma atitude positiva.

3. Ferramentas de estudo: Proporcione materiais adicionais como livros, vídeos e aplicativos.

 

Incentivo dos Estudos Autônomos

Para os Alunos:

1. Autogestão: Aprenda a gerenciar seu tempo e criar seu próprio plano de estudos. 

2. Curiosidade: Explore assuntos de interesse pessoal além do currículo escolar.

3. Autoavaliação: Revise e avalie seu próprio progresso regularmente.

Para os Pais:

1. Incentivo à independência: Encoraje seu filho a tomar a iniciativa e ser responsável por seus próprios estudos. 

2. Recursos educativos: Disponibilize recursos, como livros, internet e materiais de pesquisa. 

3. Motivação: Ofereça recompensas não materiais, como elogios e tempo para atividades de lazer. 

Com essas orientações, é possível criar um ambiente propício ao desenvolvimento de hábitos de estudo. 

                                                    Kênia C. Werneck de Oliveira.

REFLEXÃO SOBRE BULLYING: Compreendendo e Enfrentando o Desafio

A questão do bullying é um tema cada vez mais discutido no âmbito escolar e familiar. No entanto, é crucial
entender o que realmente constitui bullying e diferenciar isso de outras formas de conflitos e desentendimentos
comuns entre alunos.

O que é o bullying?

Bullying é um comportamento repetitivo e intencional de um ou mais alunos que tem a intenção de intimidar, humilhar ou causar dano a outro aluno que se encontra em uma posição de menor poder ou capacidade de defesa. Esse comportamento pode ser físico, verbal ou emocional, e pode ocorrer de forma presencial ou online (cyberbullying).

Nem todo conflito é bullying

É importante distinguir que nem todas as brigas ou desrespeitos entre alunos configuram bullying. Crianças e adolescentes estão em processo de aprendizado sobre como interagir socialmente e resolver conflitos. Discussões ocasionais, desentendimentos ou brincadeiras de mau gosto, embora indesejáveis, não necessariamente se qualificam como bullying.

A responsabilidade compartilhada: família e escola

A formação dos alunos é uma responsabilidade compartilhada entre família e escola. O comportamento que os alunos trazem para o ambiente escolar muitas vezes reflete as experiências e valores aprendidos no seio familiar. Por isso, é fundamental que haja uma parceria sólida entre pais e educadores.

Construindo alunos resilientes

Para lidar com essas questões desafiadoras, é essencial fortalecer a juventude, ensinando-a a não se colocar constantemente no papel de vítima. Os alunos devem ser incentivados a desenvolver habilidades de resolução de conflitos, protagonismo e assertividade. É importante que entendam que o bullying só persiste quando há
permissão, seja por omissão ou por não buscar ajuda e apoio.

Confiança nas ações da escola

As famílias precisam confiar nas ações da escola e unir forças para enfrentar o bullying. Acusar a escola de permissividade não resolve o problema; ao contrário, pode agravar a situação. O bullying é um problema social que ocorre em todos os ambientes, e a solução requer uma abordagem conjunta e colaborativa.

Desafios das redes sociais

O cyberbullying é uma forma crescente de bullying que ocorre através das redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp. É fácil difamar e ferir os outros online, e por isso é crucial que os alunos sejam educados sobre o uso responsável da internet. Os pais devem monitorar e orientar o comportamento online de seus filhos, promovendo um uso saudável e respeitoso das tecnologias.

Fortalecendo relações saudáveis

Para reverter essas questões, precisamos focar no desenvolvimento de relações saudáveis e valores essenciais para
a vida. Isso inclui ensinar empatia, respeito e a importância da convivência pacífica. Família e escola devem andar juntas, trabalhando em prol de um ambiente seguro e acolhedor para todos os alunos.

Reflexão final

Que tipo de adultos estamos formando? Se apenas sabemos acusar e ficar na defensiva, estamos falhando em ensinar nossos jovens a resolver conflitos de maneira construtiva. É hora de unir forças e trabalhar juntos para formar uma geração de indivíduos resilientes, responsáveis e empáticos.

 

A IMPORTÂNCIA DO RECESSO ESCOLAR

Caros alunos e familiares,

É com entusiasmo que estamos nos aproximando do período das férias escolares!Nesse sentido, tendo em vista o período de recesso escolar que se aproxima, gostaria de trazer algumas informações essenciais sobre essa época tão importante para os estudantes. Sabe-se que o recesso escolar desempenha um papel fundamental na vida dos alunos, pois proporciona a eles um momento de descanso e relaxamento necessários para o bem-estar físico e mental. Essa interrupção momentânea nas atividades acadêmicas regulares é essencial para que os alunos possam recarregar as energias, refletir sobre o que aprenderam e se prepararem para o retorno.

Desse modo, torna-se válido destacar a relevância dessa pausa nos estudos para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, o que pode ser observado em diversos estudos de referência realizados na área da educação. De acordo com pesquisa publicada no Journal of Pediatrics, em 2017, o tempo de descanso está diretamente relacionado a melhores resultados acadêmicos, redução do estresse e melhora da saúde psicológica dos alunos. Sendo assim, quando realizado de maneira adequada,ele contribui para aumentar a concentração, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.

Ressalta-se que, para além dos aspectos cognitivos, esse intervalo é importante para preservar a saúde mental dos estudantes. Conforme informações divulgadas pela Associação Americana de Psicologia, esse descanso torna-se necessário na medida em que permite o desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes. Isso porque durante o recesso escolar os alunos têm a oportunidade de se envolver em atividades não relacionadas à escola, como hobbies, esportes, tempo com a família e amigos, ou simplesmente desligar-se de atividades que por vezes podem ser cansativas e relaxar.

Portanto, essas experiências possibilitam um equilíbrio saudável entre o trabalho e o lazer, estimulando a criatividade e a autonomia dos estudantes.Além dos benefícios mencionados, o recesso escolar permite que os alunos tenham um momento para refletir sobre suas conquistas e desafios acadêmicos. Assim, eles podem revisar o que aprenderam, consolidar seus conhecimentos e identificar áreas em que precisam melhorar. Essa autorreflexão é fundamental para o crescimento pessoal e para a construção de uma mentalidade de aprendizado contínuo.

Como mencionado anteriormente, as férias desempenham um papel crucial na prevenção do esgotamento emocional dos alunos. Em outras palavras, estar constantemente envolvido em atividades acadêmicas intensas pode levar a altos níveis de estresse e cansaço, o que pode afetar a saúde dos estudantes e sua capacidade de aprendizado. Diante disso, ao ter esse tempo de pausa, os alunos têm a oportunidade de se recuperar e restaurar energias, o que contribui para uma maior motivação e engajamento quando retornarem às aulas.

Em resumo, o recesso desempenha um papel vital na vida dos estudantes, e as referências mencionadas permitem comprovar que o descanso adequado está diretamente relacionado ao sucesso acadêmico, à saúde mental e física, bem como ao desenvolvimento em geral. Sendo assim, é de suma importância promover e preservar as férias escolares como um momento de equilíbrio entre o trabalho e o lazer,prezando pelo bem-estar e pelo crescimento dos alunos.

Posto isso, queridos alunos e familiares, gostaria de aproveitar esta oportunidade para desejar a todos vocês um ótimo período de descanso, repleto de diversão. Vocês merecem esse tempo para recarregar as energias e aproveitar momentos especiais com suas famílias e amigos!

Ao longo do primeiro semestre, vocês se empenharam, aprenderam, enfrentaram desafios e alcançaram conquistas. Agora é hora de aproveitar as merecidas férias e desfrutar de momentos de lazer e relaxamento.Aproveitem esse momento para praticar seus hobbies, explorar interesses, ler livros empolgantes, assistir a filmes inspiradores e fazer atividades que tragam alegria e felicidade. Lembrem-se de que o crescimento e o desenvolvimento pessoal também acontecem com as experiências vivenciadas fora do ambiente escolar.Lembrando! Não deixem de conferir as “Dicas de Férias” compartilhadas via APP ICJ a todos para aproveitar bastante este período!

Sintam-se todos abraçados!
Cordialmente,
Kênia C. Werneck de Oliveira

O Ensino Bilíngue no Processo de Aquisição da Língua Inglesa – O Inglês aprendido com naturalidade, de maneira contextualizada e adaptado à rotina das crianças

Para as novas gerações o sim na pergunta “Do you speak English?” não é diferencial algum. As crianças vivem em um mundo globalizado, onde não há fronteiras para as línguas, e sendo assim, o contato constante com elas ajuda no desenvolvimento integral.

No ensino bilíngue, as crianças desde o berçário vivenciam e experimentam o inglês,de forma lúdica. A metodologia adotada na escola faz com que o ensino seja focado no aprendizado natural ao aproximar a língua da vivência diária. Assim o cérebro se adapta às rotinas nas duas línguas português e inglês, associando o aprendizado do segundo idioma à assimilação da língua materna.

Podemos destacar o desenvolvimento da comunicação oral, a utilização social da língua, o estímulo à criatividade, a compreensão da diversidade cultural do mundo atual como objetivos norteadores no processo de um aprendizado bilíngue.Esse aprendizado é feito de maneira interdisciplinar, com projetos que contemplam disciplinas como, por exemplo, ciências, geografia, história, matemática, fazendo com que o ensino do idioma não fique restrito apenas às questões tradicionais de gramática.

Ao trabalhar com projetos em inglês, o aluno é desafiado a pensar e buscar soluções para variadas situações-problema. Esse tipo de abordagem impulsiona o aprendizado,uma vez que a língua estrangeira é ferramenta para que se trabalhe com um determinado conteúdo. O ensino bilíngue oferece um universo de aprendizado amplo e que capacita as crianças a desenvolver um bilinguismo natural.

Estudos apontam que o ensino bilíngue é uma excelente ferramenta para desenvolver o cérebro. A prática do bilinguismo potencializa algumas habilidades essenciais para as crianças, tais como: capacidade de interpretação, desenvolvimento lógico,competências de compreensão, sendo que tudo é agregado à visão global do mundo ao qual estamos inseridos, permitindo desta forma uma imersão em aspectos socioculturais. O ato de pensar de forma bilíngue desafia o cérebro positivamente,promovendo o desenvolvimento cognitivo e o raciocínio. Podemos assim dizer, que a exposição das crianças a esse desafio linguístico potencializa sua capacidade de pensar.

Uma criança que tem a possibilidade de estudar em dois idiomas tem maior capacidade de concentração, melhor desenvolvimento de habilidades de escrita,leitura e fala, tem mais facilidade de aprender outros idiomas no futuro e até mesmo tem o cérebro protegido contra doenças degenerativas como o Alzheimer.Existe uma idade ideal para começar a educação bilíngue?Não existe uma idade correta para matricular uma criança em uma escola que oferece educação bilíngue. No entanto, quanto antes começar, melhor para a criança.

Afinal, o cérebro de uma criança possui grande plasticidade, o que significa que elas têm maior capacidade de aprender e se adaptar a novas situações. Por isso, quanto antes ela for exposta ao aprendizado de um idioma, mais fácil será a aquisição desse idioma. Ainda que no início ela possa misturar palavras dos dois idiomas ao se comunicar, com o passar do tempo ela aprende a organizar a estrutura linguística de ambos os idiomas e passa a se comunicar perfeitamente nos dois.

Essa facilidade de aprendizado nos anos iniciais não quer dizer que uma pessoa só pode se tornar bilíngue se for alfabetizada em duas línguas ao mesmo tempo. Afinal,para se tornar fluente em um idioma, existe uma série de fatores que vão além da idade na qual a pessoa começa a aprendê-lo.A educação bilíngue pode trazer inúmeros benefícios para os alunos que têm aulas nessa modalidade de ensino. O aprendizado simultâneo de dois idiomas pode acontecer desde o ensino infantil proporcionando desta forma, o desenvolvimento de competências e habilidades fundamentais para a sociedade de hoje e do futuro.

Viviane Campos
Coordenadora do Programa de Educação Bilíngue do ICJ

A Paz e os valores essenciais para a vida

É fundamental trabalhar os valores essenciais para a vida, na escola

A escola é um lugar onde as crianças e jovens passam grande parte do seu tempo, por isso, é essencial que ela não seja apenas um local de aprendizagem acadêmica, mas também um espaço de formação de valores. Trabalhar valores essenciais para a vida na escola é fundamental para que crianças e jovens se tornem adultos conscientes, responsáveis ​​e capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e harmoniosa.

Entre os valores essenciais que devem ser trabalhados na escola, a paz é um dos mais importantes. Viver em paz é fundamental para que as pessoas possam conviver de forma saudável e construtiva em sociedade. A paz envolve a ausência de conflitos e a promoção da harmonia entre as pessoas. Quando a paz é um valor cultivado desde a infância, as crianças aprendem a dialogar, a resolver conflitos de forma pacífica e aprender a lidar com a diferença.

Para que a paz seja trabalhada como um valor na escola, é importante que os educadores abram espaço para diálogos, debates e reflexões sobre o tema. É preciso que os alunos compreendam que a paz não é apenas a ausência de guerras ou conflitos armados, mas também a ausência de violência, seja ela física, psicológica ou moral. Os alunos devem ser incentivados a buscar a paz em todas as suas relações pessoais, familiares, escolares e comunitárias.

Além disso, a escola pode promover a cultura da paz por meio de ações concretas, como campanhas de conscientização sobre a importância do respeito às diferenças, atividades que incentivam a cooperação e a solidariedade entre os alunos, e projetos que envolvem a comunidade em ações de paz e de combate à violência.

Em resumo, trabalhar valores essenciais para a vida, como o amor, a amizade, o respeito, a cooperação, a solidariedade, a paz na escola são fundamentais para formar cidadãos conscientes, responsáveis ​​e capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e harmoniosa. Ao aprender a cultivar a paz em suas relações, as crianças e jovens podem construir um futuro mais promissor, baseado no respeito, na tolerância e na busca pela harmonia entre as pessoas.

Vamos juntos pela PAZ!

#icjuntospelapaz

Kenia Werneck

Coordenadora Pedagógica do EFI

Como conversar com seus filhos sobre temas delicados, como a segurança nas escolas?

A crescente onda de violência nas escolas brasileiras tem atravessado nossas emoções. Nem sempre conseguimos lidar com os sentimentos vindos dessas situações e o desafio é ainda maior quando se trata das emoções de nossos filhos. Devemos conversar sobre as violências que acometeram escolas no Brasil e no mundo recentemente, mas como trabalhar esses temas com crianças e adolescentes que, na atualidade, estão com o conhecimento desses assuntos na palma das mãos? Como transformar o pânico em um momento formativo?

Para início de conversa, precisamos nos sentir preparados para as perguntas que virão. Para tanto, a primeira medida é a de buscar informações em fontes seguras para evitar exaltar os ânimos de nossos círculos sociais com o compartilhamento de notícias infundadas e/ou fakenews. Também é fundamental escutar a criança e o adolescente sem impor julgamentos, pois precisamos esclarecer as dúvidas, acolher os medos e respeitar o luto para tratar a apreensão. É crucial compreender os sentimentos de nossos filhos, mas sempre mantendo a calma e fazendo-os refletir.

Escolha um espaço tranquilo e sem distrações para ter essa conversa e adeque a linguagem para a faixa etária de seu(s) filhos(s). Dedicar tempo de qualidade para trabalhar esse assunto demonstra a seriedade do tema e estimula a confiança entre os membros da família. Pode-se iniciar as reflexões perguntando se a criança e/ou o adolescente ouviu falar sobre um desses atos. É preciso perceber o que o seu filho sabe e quais são os sentimentos relacionados a esses eventos. Ao entender como o seu filho está lidando com a situação e munido das informações corretas, o acolhimento acontecerá na medida da necessidade, sem espaço para o desnecessário ou para o pânico. São as mães e os pais quem melhor conhecem seus filhos!

Aproveite a oportunidade para esclarecer sobre fakenews e as consequências do compartilhamento de notícias falsas: a instauração do medo e as sanções para esse ato[1]. Dê notoriedade à necessidade de ter bom senso e na responsabilidade que temos com relação à comunicação entre as pessoas, pois a liberdade de expressão não se sobrepõe aos direitos fundamentais da vida e da segurança. Para o atual momento em que estamos vivendo, é imprescindível que os estudantes compreendam a importância de não replicar informações falsas nos grupos dos colegas. Ao fazer ponderações sobre os motivos de um ataque, aproveite a oportunidade para mostrar que devemos sempre observar nossas reações quando estamos nervosos ou com muita raiva. Informe sobre as consequências de nossas ações nesses momentos, tanto para quem comete uma violência, quanto para quem a recebe.

Não se deve mentir ou omitir fatos. Algumas crianças e adolescentes sentem a necessidade de falar sobre o assunto, outras só querem ouvir. Devemos respeitar a forma como os filhos absorvem tais sentimentos e suas reações. É importante respeitar a dor, o medo e os sentimentos de nossos filhos para proporcionar um clima de paz, de tranquilidade e de segurança para a saúde emocional de todos.

Por fim, explique sobre as ações de proteção que estão sendo realizadas na escola em que eles estudam para que eles possam se sentir seguros. Estamos, todos, muito atentos a cada um de nossos estudantes. Dê dicas de como se comportar quando sentir medo e a quem procurar nesses momentos. Incentive a sempre informar a família e a escola sobre qualquer notícia maliciosa que venham a receber.

A escola é um ambiente social e vivo. Buscamos formar pessoas capazes de lidar com suas emoções para fazer do mundo onde vivemos um lugar de fraternidade e esperança em um mundo sempre melhor.

 

Abraços fraternos das Orientadoras Educacionais,

 

Pollyanna Souza – Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Cláudia Amorim – Ensino Fundamental II e Ensino Médio

 

[1] https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/585697974/e-crime-compartilhar-uma-fake-news

CIRACA, que coisa é essa???

Ensinar qualquer coisa pode ser mais fácil do que aprender. Para isso o principal cuidado que o professor deve ter é eliminar nos estudantes qualquer resistência ao objeto de conhecimento ou a matéria, tornando os primeiros momentos da aprendizagem uma descoberta fascinante.

O conteúdo a ser trabalhado segue uma linha didática, ou seja, passos para melhor apreensão do mesmo. Acreditando nessas premissas, adotamos em nossa proposta pedagógica a CIRACA.

A CIRACA é uma linha didática construída e aplicada desde os anos de 1990 pela educadora Rosa Mesquita em várias escolas de nosso município, estado e no Brasil. É um acróstico que apresenta as etapas de uma AULA NOTA 10.

C – CAPTAR A ATENÇÃO DO ALUNO

É o momento de chamar atenção dos estudantes, fazendo com que toda a classe “entre dentro do barco”.

Ex: “Hoje nós vamos aprender uma coisa muito interessante. Observem este material que vou colar no quadro! O que será que vamos fazer com ele?”

I – IDENTIFICAR O OBJETIVO DA AULA

Dizer para os estudantes o que se espera deles, ao final da aula, é um recurso incentivador.

Ex: “Vamos ver quem ao final da aula será capaz de ler e escrever os numerais.

R – REVER REQUISITOS DE APRENDIZAGEM

Relacionar os conteúdos que embasam o novo conteúdo ou que aprofunda o mesmo e revê-los.

Ex: Rever os conceitos básicos, principalmente quantidade.

A – APRENSENTAR A AULA

É o momento de executar o plano de ensino:

< expor o assunto;

< fazer perguntas;

< usar recursos didáticos variados.

A aula deve ser dinâmica; não pode constituir um monólogo e sim um diálogo constante.

O professor não pode expor mais do que 12 min um determinado conteúdo, porque a curva de atenção dos estudantes abaixa depois deste período.

C – CONDUZIR AO FECHAMENTO DA AULA

A dosagem do tempo X conteúdo/assunto é de extrema importância, para não causar danos na aprendizagem, como o desinteresse por parte dos estudantes.

Fazer um breve resumo, mapa mental do conteúdo junto com os estudantes.

 A – AVALIAR A AULA

É chegada a hora de verificar se os estudantes alcançaram o objetivo proposto, através de:

@ exercício oral;

@ exercício escrito;

@ atividade na plataforma digital;

@ jogos.

Esta etapa é reservada os últimos 10 minutos de aula para que o professor verifique se houve prendizagem significativa por parte de seu grupo de estudantes.

Deve ser encaminhado para casa atividades de fixação para melhor retenção e apreensão por parte dos estudantes. Aqui está a importância da realização tarefas de casa diariamente e

de forma constante.

Assim a CIRACA orienta o professor a se tornar EDUCADOR FASCINANTE.

A qualidade do ensino é pautada nessas premissas da melhoria do processo educativo dentro de sala de aula e o coordenador pedagógico é o elemento que mede a qualidade de todo o processo junto do professor, para isso trabalhamos com o PLANO DE METAS DE OBSERVAÇÃO DE AULA.

MAS ESTE É UM ASSUNTO QUE DEIXAREMOS PARA A PRÓXIMA CONVERSA.

Aparecida Nicolai Curto – Diretora Pedagógica do Colégio ICJ

Parceria escola e família, uma junção que dá certo

Parceria escola e família, uma junção que dá certo

A parceria entre família e escola é um dos principais elementos para o sucesso do desenvolvimento do educando, por isso, essa parceria deve ser construída de forma sólida, respeitosa e transparente, pois isso fará toda a diferença no desenvolvimento educacional e comportamental do aluno.

Logo, o ideal é os pais e a instituição de ensino estarem em constante sintonia, tendo como objetivo final o pleno progresso do aluno; essa relação deve iniciar-se pautada na confiança da família no trabalho da escola escolhida para o ingresso do (a) filho (a). Em outras palavras, o respeito deve ser um valor visto constantemente nas relações dessas duas instituições, sendo que ambas têm o papel de educar para a vida.

Nesse sentido, a instituição escolar precisa do apoio, da convicção e da credibilidade da família para atuar de forma tranquila, segura e eficaz, compartilhando da mesma linguagem e objetivos para a construção e aperfeiçoamento do estudante. Assim, o educando sentirá segurança e terá melhor avanço e desempenho.

Contudo, hoje em dia essa parceria está cada vez mais desafiadora de ser construída e evidenciada, pois geralmente a tendência é responsabilizar o insucesso ou a frustação do filho para o outro, do que assumir e firmar o compromisso entre ambas instituições. Desse modo, não existe culpado, há sim as atribuições de cada um, portanto precisa-se verificar os papéis entendendo que a parceria faz toda a diferença.

A título de exemplo, com a facilidade e a velocidade da comunicação por meio de mensagens ou áudios no WhatsApp, evidencia-se frequentemente uma exposição relacionada por parte das famílias com o Colégio. Logo, a fim de evitar possíveis insatisfações e/ou dúvidas, ocasionadas em posse de informações errôneas ou mal interpretadas, é imprescindível as partes prefiram buscar as devidas informações na própria instituição.

Nessa perspectiva, sabe-se que as redes sociais e os aplicativos de mensagens instantâneas notificam incessantemente com demandas exaustivas, mas você já parou para refletir quantas vezes o celular serviu para proporcionar um diálogo mais próximo e eficaz? Para compartilhar as alegrias e os pesares com empatia e acolhimento? Esses questionamentos vêm à tona, pois nunca tivemos tanto tempo e, em contrapartida, estivemos tão sem tempo para nos relacionarmos com profundidade uns com os outros. Sendo assim, a pergunta que fica é: na falta de uma comunicação assertiva, quem se responsabiliza pela exposição da instituição e dos profissionais pertencentes a ela fora do ambiente escolar?

Ressalta-se essa problemática uma vez que, nos últimos anos, essa situação, por vezes injustificada, está cada vez mais aparente no âmbito educacional. Diante desse contexto, é válido questionar se o respeito, a confiança e a credibilidade não fazem mais parte da junção família-escola. Que tipo de relação estamos construindo? Afinal, não seria melhor unir forças e buscar caminhos verdadeiramente coerentes para cada individualidade?

Acredito que, dessa forma, o aluno terá a oportunidade de vivenciar experiências educativas na escola e no convívio familiar, visto que ambos estão alinhados, isto é, com os mesmos objetivos. Desse modo, promove-se a confiança e a segurança nas ações de todos os envolvidos no processo pedagógico. E aí, quais são os benefícios da parceria família e escola? Podemos mencionar alguns deles, como:

– Aumento do rendimento escolar;

– Maior envolvimento familiar na escola;

– Acompanhamento constante do aluno;

– Desenvolvimento cognitivo e social do aluno, entre outros.

E qual seria a participação da família?

A importância da participação das famílias se dá, principalmente, para que saiam de sua zona de conforto e tenham contato com outras realidades, para o desenvolvimento da empatia e da aceitação da diferença como valor humano. Se a escola não proporcionar esse convívio, quem favorecerá o acolhimento tão necessário à transformação de nossa sociedade em um lugar melhor para todas as pessoas viverem?

Sob essa ótica, a integração dos familiares e responsáveis na elaboração de propostas educativas é uma excelente oportunidade de compartilhamento de vivências, de compreensão sobre limitações e dificuldades, de entendimento que as pessoas são diferentes e, por isso, têm inteligências, capacidades, potencialidades, dificuldades e demandas diferentes. Cada um é único e especial, portanto, é preciso compreender que nunca dará certo um único modelo de ensino, uma mesma forma de avaliação rígida e inflexível, uma mesma maneira de tratar a todos.

Logo, não há como fazermos uma sociedade diferente se não compreendermos suas mazelas e, para isso, é preciso o envolvimento das famílias de maneira efetiva, ativa, inclusiva e democrática, para que a comunidade escolar pense em unicidade nos diferentes e possíveis modos de acolhimento e educação para todos os aprendizes, sem desconsiderar a realidade de cada um, cultivando a amorosidade para que a educação esteja ao alcance dos que têm apoio familiar e faz parte de  uma instituição séria e comprometida com a sua missão.

A escola e a família devem aprender a trilhar em unicidade o caminho complexo que é a constituição de propostas educacionais inclusivas para todo e qualquer aprendiz. Devem, juntas, aprender a discernir quais são as amarras que, de fato, impedem ou atrapalham o desenvolvimento de uma educação de qualidade para todos. Para Paulo Freire: “Ninguém luta contra as forças que não compreende, cuja importância não mede, cujas formas e contornos não discerne.” (1979, p. 22).

Portanto, mais do que nunca, é preciso conscientização, engajamento para a parceria escola e família acontecer de verdade, de forma eficaz e ativa, pautando-se nos princípios essenciais para a boa convivência, fundamentando-se em valores para a vida. Em suma, toda relação deve ser pautada no respeito e na credibilidade entre as partes.

Kenia Werneck

Coordenadora Pedagógica EFI