A criança e seus conflitos na escola

A família é a primeira instituição com a qual a criança aprende a conviver. Aos poucos ela percebe o papel dos pais no seu dia a dia e assim vai estabelecendo uma maneira educada de lidar com os seus desejos, necessidades e frustrações.

As regras e limites devem ser trabalhados, incluindo-se aí o modo de agir com as pessoas. Tudo isso deve ser monitorado pelos pais ou adultos responsáveis pela criança. O diálogo, o bom exemplo e o afeto não podem faltar.

Quando a criança entra na escola, traz consigo parte dessa vivência. Mas nem sempre habilidades e hábitos adquiridos são suficientes para a harmonia no espaço escolar, repleto de diversidades.

Daí o surgimento de conflitos entre as crianças, o que é comum na infância. É através do outro que a criança se vê como sujeito de uma mesma realidade. Ocupar seu espaço nesse contexto pode significar disputas, ganhos e perdas, sentimento de exclusão ou de injustiça em busca do fazer parte do grupo, na conhecida socialização.

Qual é o papel da escola nesse processo? Trabalhar os valores universais, as diferenças, valorizar as atitudes de cooperação, de amizade, de solidariedade, de respeito ao colega e ao espaço de cada um e da coletividade. Também é fundamental identificar as desavenças surgidas para estratégias de solução.

E os pais, como devem contribuir para que a socialização da criança na escola aconteça de maneira tranquila? O ideal é que incentivem a convivência pacífica e a amizade com os colegas. Diante de desentendimentos surgidos, ouvir a queixa da criança e, se necessário, repassar à escola para que a equipe pedagógica possa averiguar os fatos e realizar as intervenções adequadas, dando um feedback à família. Porém, é preciso não tomar partido antes que tudo seja esclarecido.

O certo é que conflitos surgidos na escola devem ser resolvidos na escola, com acompanhamento dos profissionais que convivem com a criança e em alguns momentos com a ajuda e aconselhamento dos pais. É muito importante ensinar a criança a gerenciar suas raivas, emoções e habilidades sociais também em casa.

Em relação a casos específicos, sérios e reincidentes, que extrapolam as soluções da escola e da família, é aconselhável que sejam encaminhados a outros profissionais da área do comportamento humano para diagnóstico do caso e procedimentos cabíveis.

As mensagens do mês de outubro

Outubro representa um mês de esperança e fé e se tornou muito especial para o ICJ.

Para início de conversa, não foi por acaso que a saudosa D. Elza fundou o Colégio no dia 02 de outubro, data dos anjos da guarda como ela sempre dizia ao se referir a sua missão de educar jovens e crianças, na mensagem do Coração de Jesus.

A palavra anjo tem origem do grego ággelos e significa mensageiro. No Cristianismo, anjos da guarda são entes protetores das pessoas. Eles nos amparam e nos guiam segundo a crença espiritual.

Assim, fazendo uma analogia com a educação, podemos afirmar que o papel da escola é sim o de guiar seus alunos no que diz respeito à aquisição do conhecimento e à formação integral.

As coincidências do ICJ iniciar suas atividades educacionais em outubro vão além. É no mês de outubro que comemoramos o Dia das Crianças, razão da existência do Colégio, uma vez que sem elas não estaríamos completando 57 anos de educação com amor.

Mas a relação de outubro e o ICJ continua. É nesse mês que reverenciamos o professor, aquele que faz a aprendizagem acontecer e a quem confiamos o desenvolvimento intelectual e social de nossos filhos.

Vale lembrar ainda que em outubro festejamos a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

Acredito eu que outubro traz em sua concepção algo de esperança e fé. Para os católicos, a grandeza da devoção, para o ICJ o ideal realizado na transformação de um mundo melhor através da educação. E para a Ciência, conectada à preservação da saúde, outubro se veste de rosa no combate ao câncer.

É minha gente, os dias de outubro mexem mesmo com a minha emoção e com a de outras pessoas. Que o diga cada diretor do ICJ, aniversariante de outubro. Parabéns a todos!

E que em outubro, possamos sempre nos emocionar.

Semana da pátria de luto

Não há como deixar de falar do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, justamente na semana que antecede as comemorações cívicas da nação.

Mesmo que as palavras não consigam expressar meu sentimento de tristeza, de revolta, fica aqui a minha indignação com os nossos governantes, que continuam a fechar os olhos para as tragédias anunciadas.

Por quantas vezes teremos que sofrer diante de fatos de tamanha irresponsabilidade dos líderes, os quais elegemos e que não se importam com o país?

Desta vez, a catástrofe fere a nossa herança cultural e deixa as gerações futuras órfãs de patrimônio histórico, científico, antropológico, … Enfim, a maior destruição de nossas relíquias do passado e do passado de outras nações que nos confiaram algumas de suas peças preciosas para o conjunto de obras do museu.

Foi-se embora o quinto maior acervo do mundo e talvez, incluindo-se aí, o fóssil da Luzia, de 12 mil anos, orgulho das nossas Gerais e das Américas. Vamos esperar por um milagre. Quem sabe tenha se escapado das chamas.

Resta-nos, agora, depois dessa tragédia imensurável, acreditar nas promessas de verbas para revitalizar o prédio do museu e o que dele restou, através de recursos emergenciais. Mas afinal, recuperar o quê? Tomara Deus que algo do acervo possa ser recuperado, o que aguardamos com muita ansiedade.

O certo é que nada temos a comemorar nesta semana da pátria, a não ser vivenciar o luto pela destruição de anos e anos de nossa história.

Vale ainda lembrar que o museu foi também local da assinatura da Independência do Brasil. Sem dúvida, 7 de setembro de 2018 será marcado por uma grande comoção do povo brasileiro que perde parte do registro de suas memórias.

 

O uso equilibrado da internet

Você consegue se desligar por algumas horas?

Em pleno século dos avanços tecnológicos, parece impossível viver sem a internet e seus atrativos nos quais nos mergulhamos de cabeça e dedos.

Instrumento valioso da aprendizagem, da pesquisa, do entretenimento, da informação rápida, das trocas infinitas de mensagens, a internet infelizmente passou a ocupar maior parte do nosso tempo diário.

Digo infelizmente porque já é um vício que interfere na convivência familiar e social.

É consensual que a internet, apesar de necessária, representa uma quebra no modelo das relações tradicionais.

Não é saudosismo, mas em um passado bem recente pais, filhos e amigos dialogavam frente a frente e nessas interações o que mais valia era a parte afetiva sinalizada por um cumprimento de mão, um abraço, um olhar carinhoso ou mesmo de cobrança, um sorriso e até o tom de voz, gestos que traziam algo mais às relações e à humanização entre as pessoas.

Pena é que se tornou difícil esquecer por uns minutos o celular para escutar as pessoas a nossa volta.

É comum, em ambientes sociais, observar amigos, familiares ou namorados fisicamente próximos e ao mesmo tempo distantes porque estão com a atenção focada nos celulares.

Que encontros são esses? Nem sei como defini-los e nem dizer se o objetivo de socialização foi cumprido.

Veja bem, não sou absolutamente contra os meios de comunicação modernos, pois são de grande importância para o avanço das ciências e evolução da espécie humana. O acesso ao conhecimento, nos diversos campos da sociedade contemporânea, tem sido amplo e democrático com as recentes tecnologias da informação e comunicação.

Sem dúvidas algo excepcional que abrange ainda amizades de entes queridos de lugares longe e que não podem se encontrar em decorrência da distância ou dos compromissos da vida moderna.

O que defendo é o equilíbrio entre o meio físico e o virtual. Precisamos redesenhar nossas relações no sentido de possibilitar mais contatos pessoais na forma de interagir com o outro que está diante de nós.

Então, vale a pena uma reflexão sobre o assunto e sobre a pergunta inicial deste artigo. E quem sabe respondê-la positivamente rumo à melhoria de nossas relações presenciais.

Estou tentando e tenho conseguido priorizar esse tempo com respostas favoráveis. Agora repasso a você. Vamos lá?

Por que não conseguimos superar nossos fracassos? Afinal, cada um dá o que pode!

Vai, Brasil?

– Sim!

Não é por causa de uma derrota que iremos perder o brilho no rosto, muito menos parar de lutar! Observem os professores, ou melhor, observem os soldados da educação. Eles lutam todas as guerras possíveis, todos os dias, a bravura desse povo e a ânsia pelo sucesso não lhes dão tempo para chorar em campo minado. A palavra fracasso antecede ao caráter ideológico da ausência de êxito, mas deixemos de lado as expressões fracasso, erro, falta de êxito etc.

Retornemos ao dia 06 de julho de 2018, dia que o Brasil parou para assistir ao Jogo do ano. Holofotes, comentaristas e muita pressão sobre os jogadores os quais compunham o time de Titi, esse foi o cenário pré-jogo. Após disputarem da forma que podiam, os jogadores ainda tiveram que lidar com o trocadilho sem graça “Titi, fica titi não!”.

Nossa tristeza e a de Titi, com certeza, não é impulsionada por uma partida fracassada, mas por uma falta de reflexão e ação. Não julguemos os próximos, afinal, cada indivíduo só dá aquilo que tem. Mas a pergunta que não se cala é: por que o time não melhora o rendimento?

Em nossa vida não é diferente. Deparamos a todo instante com situações que devemos nos posicionar e, principalmente, superar. É como se um pedaço da gente tivesse que ser amputado. Sim, essa palavra dura e bastante pesada: amputação.

Amputar dói. Por mais que esteja necrosado, aceitar a nova condição é uma dor, muitas vezes inexplicável. É preciso decidir o ato e enfrentar a nova realidade.

A vida é assim. Não são somente membros que precisam ser amputados, não são só eles que necrosam. Muitas situações em nossas vidas estão necrosadas, impedindo-nos de dar um passo à frente. Quantos amores machucados, quantos sonhos frustrados, quantos comportamentos indesejados. Quantas profissões que nos entalam e nos fazem acreditar que aquela é a única oportunidade.

Chega uma hora que devemos enfrentar o desânimo e tomar uma atitude radical. Amputar. Ainda que pareça exagero, que estejamos agindo sem consciência, talvez essa seja a maior consciência que já tivemos de nossos atos. Deixemos de ficar presos aos cânions da discórdia, às cavernas da decepção, aos labirintos da frustração. Venhamos erguer a cabeça e enfrentar a dor da perda que nos leva ao encontro de uma parte bem mais significativa. Aí sim, perceberemos que não perdemos nada, que a cicatriz que ficou não nos impediu nem impedirá de prosseguir e enfrentar os novos desafios que a vida nos reservará.

Aprender que as derrotas, os fracassos e as perdas existem

Pais que não têm coragem de reconhecer seus erros nunca ensinarão seus filhos a enfrentar seus próprios erros e a crescer com eles.

Pais que admitem que estão sempre certos nunca ensinarão seus filhos a transcender seus fracassos.

Pais que não pedem desculpas nunca ensinarão seus filhos a lidar com a arrogância.

Pais que não revelam seus temores terão sempre dificuldade de ensinar seus filhos a ver nas perdas oportunidades para serem mais fortes e experientes.

Os nossos filhos precisam aprender que as derrotas, os fracassos e as perdas existem, e eles precisam estar preparados.

Fonte: Augusto Cury
Adaptação: Maria Leonete Rosa

 

Esperança

A paisagem da esperança é repleta de flores de todo tipo; exalam um perfume diferente, com cheiro de amanhã. Os caminhos que se formam por entre os campos são sinuosos, mas são curvas que desenham e enfeitam o que está a olhar. À medida que vai se adentrando pela vereda do destino, novas curvas vão surgindo, novos horizontes vão se descobrindo.

Ainda que pareça determinada, a paisagem da esperança não se encontra no mapa, nem há direção certa por onde começar. Ela impulsiona o ser a não querer parar. Ela está na plataforma da alma, pura e singular; é só buscar a passagem no guichê da ansiedade de querer conquistar!

E na bagagem vão todos os sonhos, desejos que insistem em ficar. No trajeto, a paisagem da memória, deixando para trás momentos, encontrando novos, surpreendendo-se com as tempestades, encantando-se com o azul do céu da alegria, e sentir que valeu, vale e que sempre valerá a pena continuar.

Alerta aos pais

Recentemente, o vício em videogame foi classificado como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o estudo, crianças, adolescentes e demais vítimas desse mal passam o tempo todo online, perdem o precioso convívio com a família e acabam se tornando pessoas agressivas, com problemas de relacionamento.

Conforme o estudo revelou, o ato incontrolável de jogar videogame leva o indivíduo ao isolamento e o afasta de outras atividades como o cuidado com a saúde, a alimentação, o sono, o compromisso com os estudos e o trabalho.

Nessas situações extremas, o sujeito precisará da ajuda de um especialista em terapia.

Quando criança ou adolescente, antes que o vício apareça, vale apelar para a vigilância dos familiares. Se cabe ao jogo o tempo de entretenimento, cabe aos pais estipular as horas gastas nessa diversão.

Jogar não é de todo ruim e o videogame é uma das atividades prediletas de muita gente.

Além do mais, alguns jogos trazem benefícios para o raciocínio lógico, a elaboração de estratégia, aguçam a percepção, atenção e concentração.

O que não se pode é deixar essa distração ser o objetivo principal do cotidiano dos filhos a ponto de se transformar em um distúrbio.

Daí a importância dos pais em limitar o tempo e em orientar os filhos na escolha do jogo de acordo com a faixa etária.

Na verdade é sempre bom lembrar que para tudo o que praticamos ou vivenciamos deve haver equilíbrio na distribuição do tempo e do espaço, com estabelecimento de regras e limites.

O cuidado dos pais em relação ao videogame fará toda a diferença entre o lazer e o vício.

A doença da ignorância

Segundo uma criança de 8 anos, o professor é importante porque, ao ensinar, ele não deixa que as crianças cresçam burras.

Parafraseando essa linha, a importância do docente é libertar seu público da ignorância, da falta de conhecimento.

Já ouvi alguns profetas dizerem que muitos povos perecem por causa disso.

Se uma das denotações do verbo perecer remete à morte, temos que a ignorância é uma doença capaz de matar um povo.

Triste fato é saber que os sintomas dessa doença são percebidos apenas em sua fase terminal.

Trata-se de uma epidemia, em que curar todos os infectados é utopia. Além de serem inúmeros contaminados, os mesmos não assumem que precisam de cura. Eles nem se dão conta que estão doentes!

Para muitos, trata-se de uma guerra perdida.

Porém, no meio desse povo doente, há uma minoria que, mesmo infectada, não se rende aos sintomas. Ela busca incessantemente a cura, testando e pesquisando em diversas fontes.

Taxados como loucos, os que fazem parte dessa minoria, na qual me incluo, se automedicam com suas descobertas, e percebem que elas lhe trazem alívio.

Ainda não temos o remédio certo, mas o alívio que conseguimos gera lucidez, a qual, apesar de momentânea, é suficiente para fazer enxergar que ainda existe um tenro povo que ainda pode ser salvo.

O que fazer para livrá-los dessa morte?

Vacinas, prevenções, conscientizações, talvez…

Estamos diante de um desafio.

Não temos certeza da cura! Mas, se nossas descobertas nos trazem alívio e lucidez, estamos aqui, professores, para compartilhar com todos a vacina do conhecimento. Talvez essa seja a única arma que temos para combater a pior de todas as doenças, a ignorância.

Link relacionado: https://youtu.be/S0oijjl7SUU

O texto profético

Há uns três anos, um excelente baterista disse: “a música tem um enigma a ser desvendado pelo tocador”, achei o discurso do músico bem diferente. Eu esperava ouvir dele frases do tipo: “a música é produto de toda uma inspiração, é um dom ou uma dádiva divina” entre outras coisas meio poéticas que acompanharam aquela conversa.

Deixemos o meu flashback de lado! Agora, passemos ao final do ano passado (2017), lembro-me como se fosse hoje: “Na vida, a gente aprende o tempo todo.” A frase citada compunha a campanha publicitária que vigorava a partir daquele momento, até aí tudo bem! Mas, impressionante mesmo foi o que ocorreu na semana passada – tive outro flashback – lembrei-me do texto da campanha e tive uma espécie de saudosismo, um forte saudosismo! Foi nessa hora que percebi a profecia se cumprindo.

Juntei os pensamentos, levantei hipóteses e pude constatar: há um enorme poderio em nossas palavras! Do final ano de 2017 até o momento, tenho vivenciado aprendizados valiosíssimos, estes têm ocorrido constantemente, ou melhor, o tempo todo. Acontece que, a fala do baterista também faz muito sentido, ele enxergou a música daquele jeito.

Já eu, recém-formado em Letras pela UFMG, vejo que os textos têm um poder enorme, porque eles ajudam pessoas, magoam pessoas, colaboram para a comunicação entre pessoas etc., mas fica a dica: além de toda a funcionalidade dos textos, há uma bastante interessante – textos também preveem o futuro das pessoas-.

Sendo assim, que continuemos vivendo ICJ, ou seja, importando uns com os outros, compartilhando sempre e de forma justa. Afinal, ansiamos por mais 56 anos de educação com amor! Que possamos continuar aprendendo o tempo todo, que proliferemos aprendizados por toda parte. Que nossas salas de aula continuem sendo palco de trocas valiosas entre os professores-mediadores, os estudantes e vice-versa.