Você consegue se desligar por algumas horas?
Em pleno século dos avanços tecnológicos, parece impossível viver sem a internet e seus atrativos nos quais nos mergulhamos de cabeça e dedos.
Instrumento valioso da aprendizagem, da pesquisa, do entretenimento, da informação rápida, das trocas infinitas de mensagens, a internet infelizmente passou a ocupar maior parte do nosso tempo diário.
Digo infelizmente porque já é um vício que interfere na convivência familiar e social.
É consensual que a internet, apesar de necessária, representa uma quebra no modelo das relações tradicionais.
Não é saudosismo, mas em um passado bem recente pais, filhos e amigos dialogavam frente a frente e nessas interações o que mais valia era a parte afetiva sinalizada por um cumprimento de mão, um abraço, um olhar carinhoso ou mesmo de cobrança, um sorriso e até o tom de voz, gestos que traziam algo mais às relações e à humanização entre as pessoas.
Pena é que se tornou difícil esquecer por uns minutos o celular para escutar as pessoas a nossa volta.
É comum, em ambientes sociais, observar amigos, familiares ou namorados fisicamente próximos e ao mesmo tempo distantes porque estão com a atenção focada nos celulares.
Que encontros são esses? Nem sei como defini-los e nem dizer se o objetivo de socialização foi cumprido.
Veja bem, não sou absolutamente contra os meios de comunicação modernos, pois são de grande importância para o avanço das ciências e evolução da espécie humana. O acesso ao conhecimento, nos diversos campos da sociedade contemporânea, tem sido amplo e democrático com as recentes tecnologias da informação e comunicação.
Sem dúvidas algo excepcional que abrange ainda amizades de entes queridos de lugares longe e que não podem se encontrar em decorrência da distância ou dos compromissos da vida moderna.
O que defendo é o equilíbrio entre o meio físico e o virtual. Precisamos redesenhar nossas relações no sentido de possibilitar mais contatos pessoais na forma de interagir com o outro que está diante de nós.
Então, vale a pena uma reflexão sobre o assunto e sobre a pergunta inicial deste artigo. E quem sabe respondê-la positivamente rumo à melhoria de nossas relações presenciais.
Estou tentando e tenho conseguido priorizar esse tempo com respostas favoráveis. Agora repasso a você. Vamos lá?